2024-05-15
A castração química em furões é um procedimento que envolve a administração de um implante com hormonas para suprimir a produção de hormonas sexuais, como a testosterona nos machos ou o estrogênio nas fêmeas. Isso é feito para controlar o comportamento reprodutivo e, muitas vezes, para diminuir certos comportamentos indesejáveis, como agressão ou marcação territorial.
A castração química é realizada usando deslorelina na forma de implante subcutâneo (Suprelorin). O Suprelorin é um implante hormonal utilizado em algumas espécies, incluindo furões, para suprimir a produção de hormonas sexuais por um período de tempo específico. Este implante contém um agonista da hormona libertadora de gonadotropina (GnRH), que atua suprimindo a produção de hormonas sexuais.
No caso dos furões, o Suprelorin é geralmente utilizado para suprimir o cio em fêmeas ou para reduzir o comportamento agressivo e sexualmente impulsivo em machos inteiros. É importante destacar que o Suprelorin não é uma forma de castração permanente; ele apenas suprime temporariamente a produção de hormonas sexuais.
Os implantes de Suprelorin geralmente têm uma duração de efeito de vários meses, variando de acordo com a formulação específica utilizada. Após o término do efeito do implante, os níveis hormonais podem retornar ao normal, e o animal pode exibir novamente os comportamentos associados à sua função sexual.
Resumo das características do medicamento
Em furões castrados cirurgicamente, após 2-3 anos da cirurgia, muitas vezes pode ocorrer uma complicações graves, como a hiperplasia adrenal, hiperatividade e carcinogénese. Isso é causado pelo facto de o hipotálamo e a glândula pituitária no cérebro forçarem as glândulas adrenais a produzir hormonas sexuais, que em condições normais as glândulas adrenais não produzem ou produzem em pequena quantidade, causando a sua excitação patológica. Furões castrados cirurgicamente devem ser monitorizados e examinados com frequência para detectar pequenos sinais de excitação adrenal.
A maior vantagem da castração química em furões é que não afeta negativamente as glândulas adrenais, o implante pode ser administrado sem anestesia e efetivamente elimina os sintomas da maturação (incluindo o cheiro do cio).
Após 2-3 implantes, a cirurgia pode ser uma boa solução. O furão provavelmente já está com uma idade em que não terá tempo de desenvolver doenças tumorais das glândulas adrenais, ao mesmo tempo em que se pode prevenir tumores testiculares e ováricos, assim como o desenvolvimento de piometra, cujo risco aumenta com a idade.
Fonte: https://vet-us.virbac.com/home/products/in-clinic-use/suprelorin-f-deslorelin-acetate.html
Os implantes utilizados na castração química podem causar efeitos colaterais indesejáveis, como alterações no comportamento, alterações no apetite, aumento de peso, vômitos, diarreia e reações alérgicas. Alguns furões podem ter reações adversas ao implante, como inchaço, vermelhidão ou irritação no local da inserção.
A castração química pode não ser eficaz em todos os casos. Alguns furões podem continuar a exibir comportamentos reprodutivos indesejáveis mesmo após o procedimento.
Os efeitos dos implantes geralmente são temporários e podem durar apenas alguns meses. Após o término do efeito do implante, as hormonas sexuais podem voltar a ser produzidos e os sintomas podem retornar.
A aplicação do implante é feita com o uso de um aplicador semelhante ao utilizado durante a colocação de microchips em animais. Portanto, pode não requer anestesia geral, e, consequentemente, preparação especial, assim como cuidados pós-operatórios. Contudo, em animais que mostrem um comportamento mais stressado e reativo à manipluação pode ser mais adequado fazer uma ligeira sedação ou anestesia.
É importante discutir os riscos e benefícios da castração química com um veterinário especializado em furões antes de decidir prosseguir com o procedimento. O veterinário pode fornecer orientações personalizadas com base na saúde e nas necessidades individuais do seu animal de estimação.
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