Sem medo da epilepsia em cães e gatos!
Sem medo da epilepsia em cães e gatos!
2019-07-26
Epilepsia: O que é?
A epilepsia é uma das patologias neurológicas mais comuns no cão e no gato. Trata-se de uma doença que afeta o Sistema Nervoso Central e que se caracteriza por convulsões e alterações paroxísticas temporais com tendência a ser recorrentes.
É uma doença cerebral complexa, onde a atividade anormal e súbita nas redes neuronais causa sinais clínicos proeminentes de convulsões caraterizados por aspetos motores, autónomos e/ou comportamentais. Na prática, a epilepsia pode definir-se pela presença de pelo menos duas convulsões não provocadas com mais de 24h de intervalo O termo epilepsia é limitado a convulsões que resultam de causas intracranianas e só se aplica a pacientes que tenham tido pelo menos uma convulsão e probabilidade de desenvolver futuras convulsões. As convulsões epiléticas são episódicas e breves, na maioria dos casos duram menos de 2-3 minutos
Uma convulsão pode ser definida como um evento súbito, de curta duração e transitório. É um fenómeno de natureza motora, sensorial, autónoma ou física, resultante da disfunção temporária de uma parte ou de todo o cérebro.
Nem todas as convulsões indicam epilepsia, mas convulsão é a principal manifestação de epilepsia.
O que NÃO fazer:
• Não tentar segurar o animal: Isso pode causar mais ferimentos e stress.
• Não colocar nada na boca do animal: Isso pode causar engasgo ou ferimentos na boca.
• Não colocar água no animal: Isso pode causar pânico e dificultar a respiração.
O que fazer:
1. Garantir a segurança do animal: Afaste o animal de objetos pontiagudos ou escadas.
2. Cronometrar a convulsão: Anote o tempo de duração da crise.
3. Observar os sintomas: Anote os tipos de movimentos, se há perda de consciência, incontinência, etc.
4. Manter a calma: A ansiedade do tutor pode aumentar o stress do animal.
5. Levar o animal ao veterinário: Após a crise, mesmo que o animal pareça estar bem, é fundamental levá-lo ao veterinário para uma avaliação completa.
Figura 1: O que fazer em caso de convulsão
Após a convulsão:
• Oferecer um ambiente tranquilo: Deixe o animal num local calmo e seguro para se recuperar.
• Limpar o animal: Limpe qualquer sujeira ou urina do animal.
• Anote os sintomas: Mantenha um registro das crises, incluindo a frequência, duração e os sintomas observados.
Quando procurar um veterinário imediatamente:
• Se a convulsão durar mais de 2-5 minutos.
• Se o animal tiver várias convulsões seguidas sem se recuperar entre elas.
• Se o animal tiver dificuldade em respirar após a crise.
• Se o animal apresentar outros sinais de doença, como letargia, vómitos ou diarreia.
Por que é importante levar o animal ao veterinário?
• Diagnóstico: O veterinário realizará exames para determinar a causa das convulsões, que podem ser um sintoma de uma doença subjacente.
• Tratamento: Dependendo da causa, o veterinário poderá indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir medicamentos anticonvulsivantes ou outros tratamentos.
• Prevenção: O tratamento precoce pode ajudar a prevenir futuras crises e melhorar a qualidade de vida do animal.
Opções de tratamento não farmacológicos
Os tratamentos alternativos/complementares são constituídos por várias opções terapêuticas que não se enquadram no tratamento tradicional farmacológico. Estas incluem a acupuntura, as dietas cetogénica, a homeopatia, algumas intervenções cirúrgicas e castração.
Alguns dos motivos que podem fazer com que um dono ou médico veterinário opte por estes tratamentos incluem a falta de sucesso do tratamento convencional, a curiosidade, ou o fato de eles próprios praticarem estas terapêuticas alternativas.
Lembre-se: As convulsões em animais podem ter diversas causas, e apenas um veterinário poderá fornecer um diagnóstico preciso e indicar o tratamento adequado.
Dicas importantes:
• Mantenha a calma: A sua tranquilidade transmite segurança ao animal.
• Registe todos os detalhes: Anote a data, hora, duração e sintomas de cada crise.
• Siga as orientações do veterinário: Siga rigorosamente as recomendações do veterinário em relação ao tratamento e aos cuidados com o animal.
• Não administre medicamentos por conta própria: Somente o veterinário deve prescrever medicamentos para o seu animal.
Com o tratamento adequado, muitos animais com epilepsia podem ter uma excelente qualidade de vida.
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